quinta-feira, 3 de julho de 2008

Episódio de carácter intimista

Uma incerteza assombrosa que resultou numa noite aterradora.

Em pânico, na minha impotente qualidade permaneci, entre lágrimas e soluços infantis, que de nada adiantaram para a situação, a não ser para atormentar o meu espírito...em vão.
Porém, embora num estado de descontrolo, completamente descontrolado, nessa noite aterradora, consegui por fim cumprir o meu dever como cidadã.
Não sei se era o que pretendias, se era o que não querias, de todo, mas talvez o desejasses e não soubésses como. Prefiro acreditar nessa versão.


A egocentricidade do teu cobarde acto deixou-me em choque por mais de 5 dias...5 dias de profundas miseráveis horas, de apatia total e de uma inércia inefável, que podiam resultar em duas vidas debilitadas para todo o sempre.
Não imaginas como me senti...

Agora sei que imaginavas,
que em parte me usaste mas que tantas vezes em mim pensaste.
Não que eu pretendesse ouvir isso, nem é esse esclarecimento que alivia o sentimento de raiva que por ti criei nestes últimos dias. Não.

A única coisa que me alivia a alma,
e me adormece os sentidos,
é o facto de hoje ser um novo dia.

Tu vives de novo.
Eu finjo que esqueço.
Tu escreves nas, agora, brancas páginas.
Eu edito o teu livro.
Tu finges.
Eu percebo e oculto.

Se alguma vez decidires voltar a parar de escrever, eu não sobreviverei para voltar a contar a mesma velha história.



Apesar do recomeço, há algo que permanece imutável: o sentimento.







[Música? A que estava ali ao lado dizia tudo, só pela letra <3...]